Prevalência de Comorbidades em Pacientes com Psoríase no Brasil: Resultados Preliminares do Estudo Farmacoepidemiológico Pso.BRA

“A prevalência de comorbidades cardiovasculares, respiratórias e psiquiátricas nos participantes do estudo se mostrou elevada perante a prevalência geral da população brasileira. Comparando os resultados dos pacientes psoriáticos do estudo com dados da última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2019), a presença de hipertensão arterial nos pacientes com psoríase foi 1,98 vezes maior (47,4% x 23,9%). O diabetes mellitus esteve presente 3 vezes mais (23,7% x 7,7%), enquanto que o nível de colesterol aumentado foi 4 vezes maior (58,8% x 14,6%). As doenças respiratórias se mostraram com incidência aumentada de 2,5 vezes (15,5% x 6,1%). A depressão, comorbidade psiquiátrica mais relatada, mostrou relação 1,3 vezes maior em pacientes com psoríase (13,4% x 10,2%).

A alta prevalência de obesidade, a inatividade física, o consumo de álcool e tabaco também foram evidenciados. A coexistência das comorbidades somada aos demais fatores de riscos comportamentais e de estilo de vida trazem um risco cardiovascular extra para os pacientes com psoríase. As condições individuais de cada paciente devem ser analisadas em busca da escolha mais segura e efetiva não só para o controle das lesões, mas também para as comorbidades envolvidas com a psoríase. A continuidade deste estudo trará resultados representativos importantes para a orientação na tomada de decisões diretamente voltadas aos pacientes brasileiros com psoríase.”

Segundo o estudo preliminar, grande parte desses pacientes não realiza o acompanhamento/controle frequente das comorbidades e fatores de risco associados. Sabemos que há uma relação direta entre piora da comorbidade e da psoríase e o contrário provavelmente também acontece. Por isso, creio que seja importante usar esse tipo de dado para reforçar a necessidade do controle das comorbidades (hipertensão, diabetes, dislipidemias, entre as outras citadas) pois elas refletem diretamente na melhora da psoríase, comenta o Prof. e doutorando em farmacologia, Kauê Cézar Sá Justo @descomplicandoafarmaciaclinica

Veja o estudo preliminar na íntegra  aqui.

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