Perguntas frequentes
Segundo artigos científicos, pacientes com psoríase têm duas vezes mais chances de serem celíacos. Sabemos também que, mesmo um paciente com psoríase não sendo celíaco ele se beneficia de uma dieta com exclusão de glúten. Para excluir o glúten da alimentação com segurança é necessário antes realizar exames, assim não mascaramos um falso negativo, então não retire o glúten sem antes buscar ajuda de um nutricionista. Existem alguns exames que é por onde começamos a investigação, normalmente são Anti Transglutaminase IgA e IgG, Anti Endomísio IgA e IgG, Anti Gliadina IgA e IgG e HLA DQ2 e DQ8. Quando dão positivos esses exames, o paciente é orientado a buscar avaliação de um médico gastroenterologista para mais exames (se necessário) e, assim, ter o diagnóstico final.
Nutricionista Clara Fonseca – @clarinhanutri
A alimentação não é apenas fonte de energia para o nosso corpo, ela é o combustível que fornece vitaminas e minerais que são importantes para as reações químicas e metabólicas do corpo. Quando pensamos em doenças autoimunes, a alimentação se torna parte importante do tratamento. Através dela conseguimos dar ao nosso corpo ferramentas importantes para ajudar no alívio da psoríase: vitaminas, minerais e antioxidantes.
Através de artigos científicos já sabemos que alguns alimentos podem colaborar para a piora do quadro de psoríase, como é o caso dos alimentos que contém glúten (nunca exclua o glúten sem acompanhamento nutricional).
Nutricionista Clara Fonseca – @clarinhanutri
A fototerapia para psoríase, de forma geral, é recomendada de 2 a 3 vezes por semana para se alcançar um resultado positivo. Muitos pacientes relatam o desafio de encaixar este momento na sua rotina da semana, repleta de afazeres. Além disso, a fototerapia pode não estar disponível em diversas cidades do Brasil, o que pode dificultar o seu acesso. Entretanto, é importante chamar a atenção que se trata de uma opção de tratamento útil e relevante para diversos perfis de pacientes.
Dermatologista Dr. Rafael Tomaz @dr.rafaeltomaz
Sim, hoje em dia, diante da multiplicidade de esquemas de tratamento e suas combinações, é possível, para diversos pacientes, ter uma pele sem lesões. A ciência sobre a psoríase evoluiu muito nos últimos anos, especialmente com o advento de novos imunobiológicos, o que tem permitido a diversos pacientes a alcançarem controle da doença. O acompanhamento médico regular e próximo com o dermatologista permite uma maior chance para resgatar a qualidade de vida.
Dermatologista Dr. Rafael Tomaz @dr.rafaeltomaz
Sim! A psoríase genital, bem como os outros tipos de psoríase de áreas especiais, tem tratamento e este é garantido tanto pelo SUS quanto pela ANS. Vale lembrar que a área genital, por afetar tanto a qualidade de vida, já pode ser considerada psoríase grave e, portanto, candidata a tratamento sistêmico. Procure seu médico dermatologista.
Dermatologista Dr. Dimitri Luz @dr.dimitriluz
A ansiedade é mais frequente em pessoas com psoríase do que em pessoas sem psoríase. Ainda tenta-se entender, com mais clareza, a relação exata entre esses dois problemas, mas acredita-se que essa relação seja bidirecional, o que significa que a ansiedade pode piorar a psoríase e a psoríase pode piorar a ansiedade.
Estudos mostraram que quando uma pessoa tem um quadro de psoríase mais grave, os seus sintomas de ansiedade aumentam. O oposto também é verdade, ou seja, a ansiedade pode aumentar a gravidade da psoríase.
No entanto, embora a psoríase e a ansiedade possam piorar uma a outra, o tratamento de uma também tem o potencial de melhorar a outra. O tratamento imunobiológico, por exemplo, pode melhorar os sintomas de ansiedade, e o tratamento da ansiedade também pode estar associado à melhora da psoríase.
A ansiedade – particularmente a ansiedade social – pode ser devido, em parte, à vergonha, estresse e estigma que uma pessoa pode experimentar devido às suas lesões de pele.
Além da ansiedade, a psoríase também tem sido associada a outras condições de saúde mental, tais como depressão e pensamentos de suicídio.
Converse com seu dermatologista como suas lesões de psoríase têm impactado a sua saúde mental.
Dermatologista Dr. Rafael Tomaz – @dr.rafaeltomaz
A realização de sessões de fototerapia com UVB de banda estreita em mulheres grávidas não é contraindicado, mas alguns estudos indicam que possa existir uma baixa do ácido fólico, em outros estudos não encontraram essa diminuição, ou seja, o assunto é polêmico. O que posso afirmar é que todas as grávidas que se submetem à fototerapia devem ter monitorados os níveis de ácido fólico no sangue e se precisar deve ser suplementado, pois o déficit de ácido fólico pode levar a defeitos no tubo neural no recém-nascido. Existe outra modalidade de tratamento com fototerapia a PUVA, em que o paciente é irradiado com UVA e toma um fotossensibilizante chamado 8-metoxipsoralenico. O Grupo Britânico de Fotodermatologia, o mais organizado mundialmente, recomenda que deve ser evitada a concepção durante o tratamento com PUVA e se ocorrer a gravidez o tratamento deve ser descontinuado.
Dermatologista Caio de Castro – @dr.caiodecastro
Como deve ser a alimentação de quem tem psoríase. Se você tem psoríase capriche na comida de verdade, use e abuse de legumes e verduras. Eles são importantes fontes de vitaminas, minerais e antioxidantes. Acrescente na sua alimentação azeite extra virgem. Coma frutas e inclua boas fontes de fibras como a chia e a linhaça. E dê preferência aos peixes. Esses alimentos são ricos em Zinco, Vitamina C, Vitamina A, Vitamina E, Coenzima Q10 e Ômega 3 que são nutrientes importantes para quem tem Psoríase.
Evite o consumo de excesso de açúcar e alimentos açucarados, assim como embutidos e alimentos altamente processados que são cheios de corantes, conservantes que vão piorar a inflamação da psoríase.
Nutricionista Clara Fonseca @clarinhanutri
Não existe estudo científico relacionando alimentos cítricos e psoríase diretamente. Algumas pessoas podem apresentar sensibilidade a esses alimentos (independente de ter alguma doença autoimune), então é necessário observar e investigar. Bem como é o caso de todos os produtos vindos do leite de vaca (como o Whey protein), existem várias frações proteicas do leite que tem potencial alergênico e sabemos que pacientes com autoimunidade são mais propensos a terem sensibilidades alimentares, então também é necessária uma avaliação individualizada de cada caso.
Nutricionista Clara Fonseca – @clarinhanutri
A psoríase é uma doença da pele que pode acometer o couro cabeludo. Muitas pacientes se perguntam se podem colocar extensões de cabelo ou megahair.
Bom, a psoríase do couro cabeludo e o megahair NÃO são uma boa combinação. As pessoas com psoríase tendem a ter couro cabeludo mais sensível e, quando estão com a doença em atividade, a inflamação deixa o couro cabeludo dolorido e descamativo.
Além disso, como o megahair é preso ao cabelo, o que leva ao puxamento dos fios e do couro cabeludo, há um grande risco de danos devido à tensão colocada nas raízes.
Essa tensão pode levar, ainda, a outro problema chamado alopecia de tração, um tipo de queda capilar causada quando pressão é constantemente colocada no cabelo, danificando os folículos pilosos.
Se você tem psoríase do couro cabeludo e está determinada a fazer megahair – mesmo sabendo dos danos que ele pode causar -, aqui estão algumas considerações importantes:
1. Certifique-se de que você está sem lesões ativas no couro cabeludo antes de colocar o megahair: se você está no meio de uma crise de psoríase, agora não é hora de irritar ainda mais o couro cabeludo. Procure o tratamento com seu dermatologista antes de qualquer procedimento.
2. Encontre um cabeleireiro experiente: é fundamental encontrar um profissional que esteja familiarizado com a psoríase. Sempre que possível, evitar colocar extensões de cabelo nos locais que já tiveram lesões antes.
3. Fazer visitas regulares de manutenção: isso é para que o cabeleireiro permaneça atento e possa flagrar o surgimento de qualquer alteração local.
4. Tipo de extensão de cabelo: evitar ao máximo extensões de cabelo que são muito pesadas e que precisam de aplicação diária.
Se ainda tem dúvidas, NÃO faça a aplicação de megahair e converse com seu dermatologista.
Dermatologista Dr. Rafael Tomaz – @dr.rafaeltomaz
Esta é uma pergunta muito frequente no consultório, feita especialmente por pacientes que já usaram vários tipos de cremes, pomadas, loções, entre outros produtos tópicos.
Alguns pacientes relatam uso persistente, por meses consecutivos, de corticoides tópicos de alta potência, associados ou não a outros ativos na fórmula.
Não é incomum escutar o relato de que, após suspensão da medicação, as lesões voltam. Ou ainda pior: mesmo usando as pomadas, as lesões não regridem de forma satisfatória.
Nesses casos, é importante avaliar com seu dermatologista um novo plano de tratamento. Para casos selecionados, ou tratamento sistêmico com fototerapia, comprimidos ou injeções pode ser indicado.
Como você sabe, a psoríase é uma doença crônica, com períodos de melhora e piora. Eventualmente, pacientes com longo tempo de doença já se mostram frustrados e com alto impacto na qualidade de vida. Novas opções de tratamento são um caminho válido a se tomar junto com o médico.
Dermatologista Dr. Rafael Tomaz- @dr.rafaeltomaz
Alguns estudos mostram que a psoríase é duas vezes mais frequente em pacientes com Doença Celíaca (DC). Então é muito importante rastrear a possibilidade de DC em pacientes com psoríase, mesmo se esses pacientes não apresentarem os sintomas clássicos de DC.
Inclusive a exclusão do glúten (após o rastreio de DC) se mostra benéfico mesmo em pacientes com psoríase não celíaco.
Nutricionista Clara Fonseca @clarinhanutri
Sim, a amamentação deve ser estimulada independente da doença. Assim como na gestação, devemos cuidar os medicamentos utilizados para o tratamento da psoríase, pois poucos são os estudos dosando medicamentos no leite materno. Devemos também cuidar dos mamilos que podem apresentar lesões, portanto devem estar sempre bem hidratados e são liberados alguns cremes de tratamento para uso local. Deve ser estimulada independente da doença. Assim como na gestação, devemos cuidar os medicamentos utilizados para o tratamento da psoríase, pois poucos são os estudos dosando medicamentos no leite materno.
Dermatologista Dra. Fernanda Fachinello @clinicafernandafachinello,
Se você deseja disfarçar os cabelos grisalhos ou se expressar com uma cor de cabelo nova, a psoríase do couro cabeludo não precisa interromper os seus planos. Entretanto, existem alguns pontos que você precisa levar em consideração antes de tingir os cabelos, pois podem ocorrer reações no couro cabeludo.
Confira 5 dicas para te ajudar a evitar problemas quando for pintar os cabelos:
1. Avise seu cabeleireiro: se for ao salão de beleza, informe o cabeleireiro sobre o seu diagnóstico de psoríase. Se eles não estiverem familiarizados com isso, explique que sua doença não é contagiosa e peça ajuda para visualizar partes do couro cabeludo que você não consegue ver, em busca de possíveis lesões em atividade.
2. Faça um teste com a tinta de cabelo: se vai experimentar uma tinta nova, um bom começo é testar um pouco da tintura ou descolorante numa pequena parte do cabelo antes de fazer tudo. Experimente em um pedaço de cabelo na parte de trás do pescoço. Se após 24 horas não tiver acontecido nenhum problema, você poderá seguir com o restante do seu tingimento.
3. Tenha cuidado redobrado com o rosto: a tintura de cabelo que entra em contato com o rosto, incluindo a testa, pode manchar a pele e também piorar a psoríase. Aplique uma camada de vaselina na pele próxima aos fios de cabelo de forma a criar uma barreira protetora de vaselina ao redor das orelhas, testa, pescoço e outros locais sensíveis.
4. Não pinte os cabelos enquanto ainda tiver lesões de psoríase em atividade: se você está com lesões ativas no couro cabeludo, não pinte os cabelos até que a psoríase esteja sob controle. Aplicar produtos sobre o couro cabeludo com lesões aumenta as chances ter uma reação adversa e piorar a sua psoríase. Converse com seu dermatologista para controlar as lesões com medicações apropriadas.
5. Cuidado com reações alérgicas: os sintomas de uma reação alérgica incluem coceira, queimação, vermelhidão da pele e inchaço. Eles costumam ocorrer dentro de 48 horas após o tingimento, e podem se localizar não somente nos locais de contato com a tinta, mas também outras áreas do corpo.
Dermatologista Dr. Rafael Tomaz @dr.rafaeltomaz
A psoríase não afeta a fertilidade, portanto não impede a gravidez, nem aumenta o risco de aborto ou parto prematuro. Deve-se ter cuidado em relação a alguns medicamentos utilizados no tratamento da psoríase, que estes podem sim afetar a fertilidade e causar danos ao desenvolvimento do feto.
Dermatologista Dra. Fernanda Fachinello @dermatofernandafachinello
Depende da fase da doença… se já estiver em tratamento eu até libero, porque dá uma melhora na autoestima. Sem tratamento, grandes chances de piorar, pelo trauma da remoção.
Dermatologista Dra. Clarissa Prati – @draclarissaprati
Embora a psoríase e a hipertensão pareçam não estar relacionadas, existe, na verdade, uma forte conexão entre elas.
A psoríase, uma doença inflamatória que causa lesões vermelhas e descamativas na pele, costuma estar associada a diversos problemas de saúde, não somente a hipertensão, mas também ao diabetes, ao colesterol alto, entre outros.
A psoríase, de uma forma mais ampla, está associada à síndrome metabólica, que é um conjunto de elementos que aumentam o risco de doenças cardíacas. A hipertensão é um dos 5 achados da síndrome metabólica, juntamente com a obesidade abdominal, glicose aumentada, triglicerídeos altos e colesterol HDL (“bom”) reduzido.
Pesquisas têm mostrado que mais da metade (54%) dos pacientes com psoríase podem ter pressão alta, o que é bastante preocupante.
O mecanismo que liga a psoríase e a hipertensão é complexo e não totalmente compreendido, mas a inflamação desempenha um papel crítico.
Bom, e como reduzir os risco cardiovascular?
Para começar, é fundamental os pacientes terem um peso normal e parar de fumar. Sabemos que muitos pacientes com psoríase também apresentam sobrepeso ou obesidade, um componente importante da síndrome metabólica. O tabagismo também é um fator de risco que agrava as doenças cardíacas.
Além de ter uma dieta saudável, perder peso e praticar exercícios regularmente, você pode ajudar a reduzir a pressão arterial reduzindo a ingestão de sal.
Converse com seu dermatologista e lembre-se que a psoríase vai além da pele.
Dermatologista Dr. Rafael Tomaz – @dr.rafaeltomaz
Quando falamos em alimentação e psoríase, o que observo no consultório é um padrão alimentar altamente inflamatório sendo reproduzido pelos pacientes.
Muito fast food, gordura saturada, açúcar (alimentos açucarados e adição de açúcar em excesso), alimentos refinados consumidos em grande quantidade e frequência.
Mas como seria uma padrão saudável para uma pessoa com psoríase?
▫️Ter 2 porções de vegetais ao dia
▫️Ter 3 porções de frutas ao dia
▫️No mínimo consumir legumes 3 vezes na semana
▫️Fazer uso de azeite extravirgem
▫️Nuts 3 vezes na semana
▫️Aumentar consumo de Ômega 3 (peixes, semente de chia…)
▫️Consumir fibras
▫️Carboidratos complexos (exemplos: inhame, batata doce, arroz integral…)
É claro que precisamos lembrar que cada pessoa é única e tem suas particularidades, sendo assim em algumas situações será necessário um ajuste individual.
Nutricionista Clara Fonseca – @clarinhanutri
Não é verdade. O que impede muitas vezes o paciente com psoríase de ser doador de medula óssea não é a doença psoríase em si, mas os tratamentos que ele está fazendo.
Segundo o REDOME (Registro brasileiro de doadores voluntários de medula óssea) para pacientes com Psoríase controlada, usando somente medicação tópica (cremes e pomadas) o cadastro como voluntário é permitido.
Já para os pacientes em uso de imunossupressores e imunobiológicos, não é permitido nem o cadastro e nem a doação de medula óssea.
Dermatologista Dra. Anelise Rocha Raymundo @anelisedermatologia
Sim! Em muitos pacientes a psoríase em placas, clássica, pode se manifestar junto com lesões de psoríase nas unhas, no couro cabeludo e também junto com a artrite psoriásica.
Alguns pacientes também podem ter lesões clássicas de placas pelo corpo e apresentar alterações nas palmas das mãos e plantas dos pés (psoríase palmo-plantar).
Os pacientes também pode transitar entre alguns tipos de psoríase. Muitos casos de psoríase gutata, evoluem para psoríase em placas. Alguns casos graves que iniciam como psoríase eritrodermia, podem com tratamento ao longo do tempo evoluir para psoríase em placas.
Importante: todos os tipos de psoríase têm tratamento e independente da forma clínica, podem conseguir remissão da doença.
Dermatologista Dra. Anelise Rocha Raymundo @anelisedermatologia.
Sim, desde que as placas de psoríase estejam completamente controladas no período do transplante.
Não é recomendado o transplante capilar em pacientes que estão com lesões ativas de psoríase no couro cabeludo, pois existe a possibilidade de ocorrer o que chamamos de fenômeno de Koebner.
Esse fenômeno consiste no aparecimento de lesões psoriásica nos locais de trauma cirúrgico, onde ocorrem danos à pele. Mesmo que ocorra essa piora das lesões após o procedimento, não afetará negativamente o resultado do transplante capilar, desde que instituído tratamento dermatológico adequado.
Só porque você tem psoríase no couro cabeludo não significa que você não é adequado para o transplante de cabelo.
Se houver psoríase ativa na área onde um procedimento de FUT ou FUE será realizado, isso deve ser tratado primeiro. Se uma área envolvida com psoríase em uma zona permanente for retirada e colocada em uma zona não permanente, isso não leva à psoríase na nova área transplantada.
Pesquisas recentes mostraram uma melhora na psoríase se o cabelo for transplantado de uma área de psoríase por um procedimento FUE ou FUT, especialmente em casos de psoríase de longa data.
Dermatologista Dra. Anelise Rocha Raymundo – @anelisedermatologia
Psoríase ou artrite psoriásica não contraindica procedimentos estéticos, como preenchimento labial, desde que o procedimento seja realizado por médico dermatologista, haja visto que estes procedimentos não estão isentos de complicações, e o especialista sabe manejar e evitá-los, e também precisa estar com a doença de base controlada.
Dermatologista Dr. Diogo Pazzini @dr_diogo_pazzini
A psoríase é uma condição em que observamos uma proliferação mais acelerada das células da pele. Isso faz com que a camada cutânea externa se torne mais espessa e com a presença de escamas.
A escama representa um aglomerado de células mortas da pele que se formou tão rapidamente que ainda não conseguiu se desprender.
Do ponto de vista prático, não existe uma forma “segura” de remover as escamas da psoríase. A formação das escamas, combinada com a coceira, é um grande estímulo para que você cutuque a sua pele. Isso, por sua vez, pode causar uma piora da psoríase e novas lesões – algo que chamamos de fenômeno de Koebner.
Além disso, quando você coça, as escamas são parcialmente removidas e pode surgir um sangramento no local, com pequenas gotas, como um orvalho, o que os dermatologistas chamam de sinal de Auspitz.
Não é incomum escutar o relato de pacientes com psoríase que acordam com as roupas ou os lençóis sujos de sangue devido à coceira excessiva. Além do mais, o alívio provocado pela coçadura é limitado, pois as escamas irão se formar novamente em um curto intervalo de tempo.
Usar uma pedra-pomes ou lixas nos pés também não é adequado, pois a pele responde a esse trauma ficando ainda mais espessa. A melhor maneira de prevenir a formação das escamas é através do tratamento da própria psoríase, o que inclui o uso de:
Hidratantes
Formulações com ácido salicílico (queratolítico)
Corticosteroides tópicos
Fototerapia
Medicação oral, como metotrexato e acitretina
Imunobiológicos
Converse com seu dermatologista caso ainda persistam lesões e evite o uso de artefatos para lixar a pele afetada.
Por Dr. Rafael Tomaz @dr.rafaeltomaz