Artrite psoriásica tem nova opção de tratamento aprovada no Brasil

Dor, rigidez nas articulações, fadiga e lesões descamativas de pele – são as principais características da artrite psoriásica, uma doença inflamatória sistêmica com manifestações em vários órgãos do corpo, principalmente articulações e pele. Estima-se que 50 milhões de pessoas convivem com a doença em todo o mundo, e homens e mulheres são igualmente afetados.

“Os sintomas da artrite psoriásica, como dores e inchaço articular, fadiga e lesões na pele, trazem grande prejuízo para a qualidade de vida das pessoas. No entanto, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, com acompanhamento por um médico especialista, tornam possível diminuir a atividade da doença, preservar a saúde das articulações e controlar as lesões na pele”, comenta Roberto Ranza, reumatologista, chefe da Unidade de Reumatologia e diretor do programa de Residência de Reumatologia da Universidade Federal de Uberlândia (MG).

A doença é, na maioria das vezes, tratada por reumatologistas e, em muitos casos, pacientes são encaminhados para essa especialidade pelos dermatologistas. Estimativas apontam que artrite psoriásica afeta aproximadamente 30% de pacientes com psoríase, mas também é possível que as dores articulares comecem antes das lesões na pele, dificultando e atrasando o diagnóstico.
Sem tratamento, a doença pode fazer com que os danos articulares resultem em deformidades irreversíveis sendo, por vezes, necessárias cirurgias para realinhamento articular e colocação de próteses.

A escolha do tratamento medicamentoso dependerá das estruturas acometidas em cada paciente e pode envolver anti-inflamatórios, medicamentos sistêmicos e biológicos de forma isolada ou em combinação.

Recentemente, um novo medicamento foi aprovado pela Anvisa para o tratamento da artrite psoriásica: risanquizumabe, um inibidor da interleucina 23 (IL-23), molécula que está envolvida em processos inflamatórios relacionados a algumas doenças imunomediadas, como artrite psoriásica e psoríase. O medicamento é administrado por meio de injeção subcutânea, sob prescrição médica, e tem cobertura obrigatória pelos planos de saúde.

A aprovação da Anvisa foi baseada em dados de dois estudos clínicos de fase 3, que mostraram que o medicamento atingiu o desfecho primário de resposta ACR20 (principal índice utilizado nos estudos para avaliação de resposta a uma medicação reumatológica), além de apresentar melhoras em outras manifestações clínicas da artrite psoriática, como função física e atividade mínima da doença e melhora na qualidade de vida. Esta é a segunda indicação aprovada para risanquizumabe; a primeira indicação aprovada para psoríase de placas moderada a grave.

Fonte: Estado de Minas – Saúde e Bem Viver.

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